quinta-feira, 5 de maio de 2011

Empresário paulista começa a por o pé no freio, diz Fiesp

A economia brasileira começou a desacelerar em abril.

iG - Guilherme Barros

Em um sinal claro de que as medidas do governo para conter a expansão da economia começaram a surtir efeito, o Índice de Confiança do Empresário Industrial Paulista (ICEI – SP), medido pela Fiesp e obtido com exclusividade pelo iG, registrou em abril o menor nível em dois anos.
O indicador recuou dois pontos em relação ao resultado de março, de 56,8 para 54,8 pontos.
Apesar de ser um patamar ainda considerado favorável pelos critérios do ICEI, chama a atenção a queda generalizada dos sub-índices que compõem o indicador, o que mostra que a economia brasileira está desacelerando.
O indicador da Fiesp é o primeiro sinal mais claro de que o empresário começou a a pisar no freio da economia em abril. Trata-se de uma reação clara às medidas tomadas pelo governo para combater a alta da inflação. A pesquisa é realizada mensalmente com cerca de mil empresas.
“As medidas do governo estão mostrando ao que vieram. A desaceleração já começou”, afirmou Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp.
Na opinião de Francini, além das medidas macroprudenciais, adotadas em dezembro, e da elevação dos juros pelo Banco Central, a valorização excessiva do real nos últimos meses também contribuiu para esse clima mais pessimista indentificado pela pesquisa da Fiesp.
Os dados da pesquisa mostram que a resposta dos empresários às medidas do governo foi até mais rápida do que se supunha.
No caso do item “Condições atuais” da pesquisa, por exemplo, o índice da Fiesp mostra até que os empresários estão pessimistas com o curto prazo. Esse índice está abaixo dos 50 pontos, o que, pelos critérios do termômetro da Fiesp, indica pessimismo. O índice caiu de 50,9 para 48,5 pontos.
O empresário está mais preocupados com as condições atuais da economia.
Em relação à situação atual da economia brasileira, o índice da Fiesp reforça essa percepção pessimista dos empresários, com queda de 3,2 pontos, de 49,2 para 46 pontos.

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