terça-feira, 19 de abril de 2011

"Lula pode ser o catalisador do amplo movimento", diz Humberto Costa

Nas próximas semanas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dará o pontapé inicial nas conversas que pretende manter com todos os partidos políticos representados no Congresso Nacional sobre a necessidade da Reforma Política. "Precisamos chegar a uma convergência, respeitando os posicionamentos de cada um. Essa reforma não será do PT. Será de todos os partidos que querem consolidar a democracia nesse País", disse Lula ao anunciar nesta segunda-feira (18/04) sua disposição de participar dos debates.
No encontro realizado no Instituto Cidadania com a presença dos integrantes do comitê formado pelas bancadas do partido no Senado e na Câmara, pela Executiva Nacional do PT e pela Fundação Perseu Abramo, foi definido que haverá dois movimentos inicialmente: Lula manterá diálogo com os partidos políticos e, em seguida, com as centrais sindicais e entidades da sociedade organizada.
Segundo o líder Humberto Costa (PE), a participação do ex-presidente Lula no debate da reforma política vai agregar elementos do conhecimento adquirido sobre o funcionamento dos sistemas eleitorais em outros países. "Lula pode ser o catalisador do amplo movimento pela Reforma Política", disse o líder.
O senador fez um relato sobre alguns pontos já aprovados pela comissão instituída no Senado, observando que o financiamento público e exclusivo de campanha, com teto para os gastos, recebeu bastante apoio. Para ele, o ex-presidente Lula tem clareza de que para combater a corrupção o financiamento público e exclusivo de campanha pode ser um instrumento fundamental, porque funciona bem em outros países e contribui para reduzir os gastos nas campanhas políticas – e nesse aspecto há consenso entre várias agremiações partidárias.
Nos encontros com os partidos, o ex-presidente Lula ouvirá as opiniões e ver quais pontos de consenso podem ser adotados. "A Reforma Política não será feita só com uma força, só com um partido político. As eleições diretas só foram viabilizadas depois de um amplo processo. Houve uma transição e hoje quase ninguém se lembra que foi necessário um engajamento popular pela mudança", observou Rui Falcão, presidente em exercício do PT, ao defender que esse movimento consiga promover alterações até setembro.
Durante a reunião cada parlamentar fez um explanação sobre a necessidade da Reforma Política. A senadora Ana Rita Esgário (ES) destacou a aprovação da cota de 50% de participação de mulheres na composição da lista preordenada. Lula lembrou que o PT sempre carregou essa bandeira e que a questão de gênero não pode continuar fora do debate, porque o País precisa estar representado no Parlamento por todos, por mulheres, negros, índios, ricos e pobres. Jorge Viana e Paulo Teixeira deram importância à necessidade de se reduzir a judicialização das eleições. "O eleitor não sabe se seu candidato vai conseguir o registro e, sendo eleito, não sabe se ele vai tomar posse", disse Jorge. Paulo Teixeira, líder do PT na Câmara, acrescentou que a judicialização da política chegou a um ponto de esgotamento ao ponto de a eleição terminar em um dia e recomeçar no outro com a disputa nos tribunais.
Participaram do encontro com o ex-presidente Lula os senadores petistas Humberto Costa (PE), Wellington Dias (PI), Jorge Viana (AC) e Ana Rita Esgário (ES) e os deputados Paulo Teixeira (SP), Ricardo Berzoini (SP), Erika Kokai (DF), Henrique Fontana (RS), integrantes das comissões da Reforma Política no Senado e na Câmara, respectivamente, o secretário-geral do PT, Elói Pietá e o presidente em exercício, Rui Falcão , e o presidente da Fundação Perseu Abramo, Nilmário Miranda.

(Fonte: Marcello Antunes - Assessoria de Imprensa da Liderança do PT no Senado)

Os perigos dos agrotóxicos no Brasil

Radioagência NP 25

Mais de um bilhão de litros de venenos foram jogados nas lavouras em 2010, diz Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola

O Brasil é o primeiro colocado no ranking mundial do consumo de agrotóxicos. Mais de um bilhão de litros de venenos foram jogados nas lavouras em 2010, de acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola.

Com a aplicação exagerada de produtos químicos nas lavouras no país, o uso de agrotóxicos está deixando de ser uma questão relacionada especificamente à produção agrícola e se transforma em um problema de saúde pública e preservação da natureza.

A RadioagênciaNP apresenta uma série especial de sete reportagens sobre os agrotóxicos no Brasil. Os programas tratam dos efeitos dos agrotóxicos na saúde humana (tanto dos trabalhadores rurais como dos consumidores de alimentos), no meio ambiente e na agricultura.

O consumo de agrotóxicos cresce de forma correspondente ao avanço do modelo do agronegócio, que concentra a terra e utiliza grande quantidade de venenos para para garantir a produção em escala industrial.

Nesse quadro, os agrotóxicos já ocupam o quarto lugar no ranking de intoxicações. Ficam atrás apenas dos medicamentos, acidentes com animais peçonhentos e produtos de limpeza. Essas fórmulas podem causar distúrbios neurológicos, respiratórios, cardíacos, pulmonares e no sistema endócrino, ou seja, na produção de hormônios.

Originalmente publicado na Radioagência NP
Extraido da Revista Carta Capital on-line dia 19/04

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Dilma lança em maio o maior programa de seu governo, o da erradicação da miséria.

A presidenta Dilma Rousseff vai lançar em maio aquele que deve ser o maior programa de seu governo, o plano de erradicação da miséria, uma promessa de campanha que ela pretende que se transforme na maior marca de seu mandato.
O objetivo é tirar 15 milhões de pessoas que vivem hoje em condições de absoluta miséria no País, com inclusão nos serviços básicos que o Estado oferece à população e com a capacitação para o mercado de trabalho.
O programa não tem um caráter meramente assistencialista. Dilma quer habilitar e integrar essa camada da população à sociedade.
Dilma quer beneficiar não só a população que vive em condições subumanas na área rural, assim como também o viciado em crack isolado na periferia da cidade. São famílias que não conseguem uma renda mínima para a subsistência.
Uma das grandes dificuldades identificadas pela equipe que está debruçada no programa é de possibilitar à essa camada da sociedade o acesso às informações, já que eles não tem qualquer contato com os meios de comunicação seja TV, internet, rádio ou jornal.
O governo está montando uma força-tarefa para chegar a todos esses lugares para expor e oferecer os benefícios do programa.
O plano foi uma das promessas da campanha de Dilma à presidência e sua formulação envolveu todos os ministérios.
Nas últimas semanas, Dilma também integrou a equipe econômica às discussões.
Dilma quer fazer da erradicação da miséria sua grande bandeira, assim como ocorreu com o governo Lula, com a ascensão de 28 milhões de pessoas a classes sociais acima da linha da pobreza.
A coordenação do programa está a cargo do Ministério do Desenvolvimento Social, comandado por Tereza Campelo, que será responsável também por conduzir o programa.
O programa está dividido em três linhas de atuação: benefícios sociais; inclusão produtiva e na extensão dos serviços que o Estado oferece a esta camada da população.
No caso dos benefícios, o governo estuda, além da extensão do Bolsa Família para quem ainda não é atendido pelo programa, em um reajuste para as famílias que possuem muitos filhos. Hoje, o teto do benefício é R$ 242 por família.
Já a extensão dos serviços básicos do Estado, como saúde, alimentação e educação, está baseada em explicar e auxiliar os cidadãos que estão abaixo da linha da pobreza sobre seus direitos estabelecidos por lei. A pouca adesão ao Programa de Aquisição de Alimentos é vista como um exemplo disto pelo governo.
O programa de erradicação da miséria utiliza como base os dados do Censo 2010, elaborado pelo IBGE.
A ação para erradicar a miséria terá ainda cuidado especial com viciados em drogas, sobretudo o crack. A preocupação do governo é de como oferecer condições para a reabilitação dos usuários.

Autor: Guilherme Barros - portal IG extraído no dia 15 de abril de 2011.

Casa Nova têm novo Secretário de Urbanismo

Casa Nova tem novo Secretário de Urbanismo o Sr. Fernando Marins que tomou posse no dia 13 de abril na sede da Prefeitura Municipal. As suas expectativas são as melhores possíveis e o que o levou a aceitar o cargo foi à intenção de fazer algo pelo município que o acolheu. A frente da secretaria espero realizar 70% dos meus objetivos, disse o secretário que logo no inicio do seu trabalho irá criar uma equipe de manutenção e suporte nas praças, ruas e avenidas, bem como estará montando uma outra equipe para realizar obras que possibilitem a acessiblidade. Indagado sobre os buracos das ruas asfaltadas o Sr. Fernando relatou que dentro em breve vai começar uma operação de restauração dos mesmos, e afirmou que está indo a Salvador juntamente com o Sr. Prefeito Orlando Xavier e o Vereador João Honorato para uma audiência com Vice-Governador Otto Alencar na segunda feira dia 18 onde irão solicitar algumas ações como a municipalização do trânsito, reestruturação da iluminação publica, pavimentação asfáltica para ruas e avenidas e uma complementação da iluminação da BR-235 no trecho da ponte até as casas do Programa Minha Casa Minha Vida, bem com a iluminação da frente do distrito de Santana do Sobrado. Outro problema que é grave no município é o lixão e o secretario também apresentou a reportagem do blog Corujão Cultural a sua preocupação sobre o assunto e disse que estão sendo estudos em algumas áreas do município para a implantação de um novo local para ser destinado o lixo, mesmo porque o lixão atual está em área de expansão do município. Também relacionado a limpeza da cidade em especial da periferia o secretário afirmou que está em fase de estudos e vai funcionar como projeto piloto a coleta seletiva de lixo pelas próprias famílias destas áreas que irão vender para uma cooperativa, gerando renda para os habitantes dos bairros periféricos. Nas pretensões do secretário ainda está à realização de um trabalho de conscientização com os alunos das redes de ensino estadual e municipal sobre a conservação de bens públicos e uma campanha de plantio de árvores pelos mesmos. A feira livre em nossa cidade sempre foi um assunto que gera muita polêmica quanto o que será feito com ela, e o Sr. Fernando Marins ameniza a problemática com a visão de que a feira livre “é um grande mercado, e um mercado na minha visão transmite a cultura do local, e tudo mais. Na realidade o que se precisa fazer ali é reestruturar uniformizando as bancas, iluminação, a higiene e passarelas, porque os mercados podem e são pontos turísticos”. Para isso acontecer o secretario nos relatou que os feirantes irão participar da elaboração deste projeto com reuniões a serem agendadas posteriormente. Para finalizar ele pede calma e a compreensão de todos os citadinos, bem como afirma que a secretaria de Urbanismo tem um canal aberto com a população pelo telefone 3536-2264 pedindo para passar ao Urbanismo.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

CREAS - VALTER RUI Vem trazendo apoio à população casanovense

Em entrevista dada no dia 14 de abril a este blog o Sr. Rodrigo Souza Coordenador do CREAS/Valter Rui – Centro de Referência Especializado de Assistência Social que foi inaugurado dia 18 de março de 2011, mas funcionando no município de Casa Nova desde setembro de 2010, relatou alguns dos problemas relacionados às violências doméstica, psicológica, sexual, física e social praticadas contra homens, mulheres, crianças e idosos, bem como o quadro funcional da instituição que conta hoje com 2 psicólogos, 2 assistentes sociais, 1 advogado, 1 coordenador, 1 assistente administrativo e 1 auxiliar de serviços operacionais.
O Centro que tem parcerias com o CRAS – Centro de Referência de Assistência Social, PETI – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, Conselho Tutelar, Polícia Militar, Ministério Publico e Tribunal de Justiça, já atendeu mais de 100 pessoas aonde os dados de violência contra as crianças e adolescentes chegam a 60%, contra mulheres 20% e contra idosos os outros 20%. O órgão hoje realiza 45 atendimentos domiciliares onde as pessoas acompanhadas são visitadas uma vez por semana. Indagado sobre como era feito este trabalho de acompanhamento o coordenador respondeu “nós trabalhamos mais com o atendimento psicológico e social com assessoria jurídica oferecendo à população uma ação de apoio àqueles que mais necessitam as pessoas que sofrem de violência”. O Sr. Rodrigo Souza convida também a toda comunidade para uma passeata no dia 18 de maio próximo como marco em comemoração ao dia de Combate a Violência e Exploração Sexual. E diz ainda que pessoas que estejam procurando auxilio psicológico contra a violência procurem às dependências do CREAS na quadra N número 05 Topol, próximo ao antigo Cespe.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Ministério da Educação estuda uso de tablets nas escolas públicas

A pedido de Haddad, grupo técnico entregará relatório sobre eficácia da tecnologia em sala de aula até o fim de maio
Compartilhar: Apesar da crescente evolução da tecnologia digital dos últimos anos, computadores portáteis, telas sensíveis a toque e internet continuam uma realidade distante da maioria das salas de aula do País. Para os especialistas, as novas ferramentas tecnológicas podem e vão mudar o modo de ensinar no futuro. Com a popularização dos tablets – computadores portáteis sensíveis ao toque –, o Ministério da Educação decidiu, por sua vez, estudar como a ferramenta pode ser aproveitada em sala de aula.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, designou um grupo de técnicos do ministério para avaliar como essas novas tecnologias podem se tornar ferramentas didáticas em sala de aula e contribuir para a aprendizagem dos alunos. Até o fim de maio, esses especialistas entregarão um relatório completo sobre o tema nas mãos do ministro. O assunto se tornou mais importante depois do anúncio do investimento chinês na fabricação de tablets no País.
Por trás do investimento chinês no Brasil, terceiro maior já feito no País por uma única empresa, está um enorme potencial de adoção de tablets no sistema educacional, público e privado. Para especialistas ouvidos pelo iG, a experiência inédita coloca a tecnologia como principal fio condutor da evolução entre sociedade e educação. Na opinião dos pesquisadores, o suporte de leitura nas escolas precisa acompanhar as mudanças da sociedade.
Revolução transforma mundo do papel em digital
”Estamos vivendo uma revolução e precisamos estar embarcados nelas. Estamos mudando o suporte escrito do papel para o digital. Há um saudosismo em relação ao livro, mas a tendência é o livro desaparecer. O conteúdo, no entanto, não desaparece”, avalia Gilberto Lacerda, especialista em tecnologia da educação da Universidade de Brasília (UnB). Ele reconhece, no entanto, que a revolução que pode ser promovida por esse tipo de tecnologia tardará a chegar às escolas brasileiras, especialmente as públicas.
“É um trabalho árduo, porque a pobreza no País é imensa. Mas é importante que experiências como essas (de colocar essas ferramentas nas salas de aula) aconteçam, para que nossas crianças também estejam neste barco da evolução”, afirma Lacerda. Há dificuldades a serem superadas nas escolas para que esse tipo de iniciativa se torne realidade, como o acesso à internet e a formação de professores.
Ministério da Educação estuda uso de tablets
Desde 2007, por exemplo, o governo federal financia iniciativas do projeto Um Computador por Aluno, disponível para apenas 150 mil alunos atualmente. Depois de longas discussões sobre o preço e as condições para que esse material fosse levado às escolas, o governo liberou, no fim do ano passado, uma linha de crédito para que Estados e municípios possam adquirir essas máquinas. No futuro, porém, esses laptops poderiam ser trocados pelos tablets.
“Os resultados que estamos encontrando nos experimentos realizados com o laptop em sala de aula, um para cada aluno e para cada professor, conectados em rede sem fio, são totalmente diferentes do modelo um computador para muitos alunos”, conta Léa da Cruz Fernandes, uma das maiores especialistas do País em tecnologias digitais na educação, que lidera o projeto nos estados do Sul e no Amazonas. Para ela, as práticas pedagógicas precisam ser inovadas com urgência, para se adaptar à nova cultura digital da sociedade.
Realidade ainda para poucos
Uma instituição privada de ensino superior, o grupo Estácio, está liderando uma experiência pioneira no assunto: 5,5 mil alunos e 500 mil professores receberão tablets ainda este ano para substituir cadernos, livros e para assistir a aulas online. Para a instituição, mais do que facilitar a vida do aluno, a ferramenta garantirá inclusão digital.
Na opinião de Léa, a iniciativa vai ajudar a aprendizagem dos alunos e “promoverá o desenvolvimento da inteligência dessas novas gerações, a educação para a convivência, o respeito às diferenças e a solidariedade universal”. “Nós, os ‘imigrantes’ digitais precisamos de manuais, os professores pedem cursos para começar a usar qualquer modelo novo de equipamento ou de software. Os ‘nativos’, os dispensam. Eles aprendem em rede de trocas interativas. Experimentam livremente quaisquer novos recursos porque não têm o medo de errar que nós tínhamos”, afirma.
Edgard Cornachione, professor da FEA/USP e coordenador de e-learning da Fipecafi, pondera que o conteúdo para os tablets precisa ser bem pensado. “Só a conversão do livro traz benefício, já que a geração atual lê mais na tela. Mas a grande vantagem disso é quando há condições de se oferecer para esse estudante outros artefatos para apreensão do conteúdo, como jogos, simuladores e vídeos, que o papel não permite”,.

Andréia Sadi e Priscilla Borges, iG Brasília | 13/04/2011 06:21